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CONSELHEIRO JOAQUIM VELLOZO DA CRUZ

Fonte Santa Manor House

Retrato a óleo sobre tela de D. Ermilinda Henriqueta da Silva (1809-1875) pintado por Augusto Roquemont (Coleção do Dr. Luís Velloso Ferreira)

Fonte Santa Manor House

Retrato a óleo sobre tela do Conselheiro Vellozo da Cruz (1804-1887) pintado por Augusto Roquemont (Coleção do Dr. Luís Velloso Ferreira)

Joaquim Vellozo da Cruz nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 15 de abril de 1804.
Muito jovem, com apenas 18 anos, matriculou-se em Direito em 1822 na Universidade de Coimbra, com um percurso académico notável, concluindo a licenciatura com a classificação de nemine discrepante, tendo-lhe sido atribuído o grau de bacharel em direito.

Devido às suas ideias liberais, provavelmente já embriagadas pelo pai, alistou-se no Batalhão de Voluntários Académicos, até à sua dissolução, em maio de 1834.


O fracasso da revolução liberal no Porto obrigou-o a emigrar para Plymouth, Inglaterra, com os seus irmãos Manuel, José e Francisco, embora também tenham vivido em Dublin e Falmouth.
Tudo indica que Joaquim Vellozo da Cruz, ao contrário dos seus irmãos, permaneceu em Inglaterra, de onde partiu para a ilha Terceira, acompanhando as tropas leais a D. Pedro IV. E é por isso que o vemos mais tarde a fazer parte dos 7500 bravos do Mindelo.

Passos Manuel, apelando naturalmente às relações de amizade e confiança solidificadas nos momentos difíceis da emigração, chamou Joaquim Vellozo da Cruz para ser o primeiro Administrador Geral do Distrito do Porto, cargo que exerceu em dois momentos, de 11 de setembro de 1836 a 11 de maio de 1837 e entre 25 de agosto de 1837 e 1 de dezembro de 1838.


Na qualidade de Presidente da Junta Geral do Distrito do Porto, assinou as consultas da Junta dirigidas à Rainha D. Maria II, relativas aos anos de 1853, 1854, 1855, 1857 e 1859.
Dadas as suas qualidades, rapidamente foi catapultado do plano político local para o nacional. Eleito deputado para a legislatura de 1834-1836 pelas províncias do Douro, voltou a ser eleito pelos círculos eleitorais de Braga e Viana (1837-1838), pelo da Feira (1861-1864) e pelo círculo uninominal de Vila Nova de Gaia (1861-1864). Na Câmara dos Deputados, pertenceu às Comissões de Comércio e Artes, Administração Pública, Finanças e Marinha em 1838.
 

Foi Secretário da Câmara dos Deputados em 1837.

Foi nomeado Juiz do 2º Tribunal da Câmara do Porto, em 20 de agosto de 1839.
Os Vila-Novenses, que conheciam a fundo o mérito de Joaquim Vellozo da Cruz, elegeram-no de imediato Presidente da sua Câmara Municipal (1852-1853). Desempenhou essa função de tal forma que foi sucessivamente eleito para as Câmaras seguintes: 1854 e 1855 (Presidente), 1858 e 1859 (Presidente) e 1860-1861 (Presidente).
Foi também Administrador Substituto do Concelho de Gaia e Juiz de Paz da freguesia de Santa Marinha de Vila Nova de Gaia. Faleceu a 10 de fevereiro de 1887. Em consideração aos serviços públicos prestados pelo Doutor Joaquim Vellozo da Cruz à comunidade, nomeadamente a Vila Nova de Gaia, a respectiva Câmara, em reconhecimento público, deu a uma das suas artérias principais o nome de Conselheiro Vellozo da Cruz.

 

Transcrição do livro "TRÊS IRMÃOS NOTAVEIS NA EMERGÊNCIA DO PORTO LIBERAL"


Muito do que se vai dizer sobre Francisco Vellozo da Cruz, nomeadamente a sua ascendência, juventude e período de emigração, aplica-se, mutatis mutandis, ao seu irmão Joaquim, que também emigrou para Inglaterra e França, em resultado das lutas liberais
Joaquim Vellozo da Cruz nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 15 de abril de 1804 e faleceu no Porto, a 10 de fevereiro de 1877. Casou nessa freguesia a 4 de novembro de 1838 com D. Ermelinda Henriqueta da Silva, que nasceu na freguesia de São Nicolau, Porto, a 9 de junho de 1809 e faleceu no Porto a 5 de agosto de 1875, filha de António José da Silva e de sua mulher D. Teresa Theolinda da Silva.


Era Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, um dos 7500 bravos do Mindelo, Advogado, Juiz do 2º Tribunal da Comarca do Porto, Conselheiro, Capitão do 2º Batalhão Provisório da Cidade do Porto, 1º Juiz de Paz da freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, 1º Administrador Geral da Cidade do Porto, cidade onde exerceu cargos autárquicos, nomeadamente Vereador, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Deputado, Presidente da Junta Geral do Distrito do Porto, do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem Militar de Cristo. Com base nestas indicações, vamos tentar dar vida, com algum colorido, à personalidade de Joaquim Vellozo da Cruz, sempre com base na documentação existente ao nosso alcance.

Muito jovem, com apenas 18 anos, matriculou-se em Direito em 1822 na Universidade de Coimbra, com um percurso académico notável, concluindo a sua licenciatura com a classificação de nemine discrepante, tendo-lhe sido atribuído o grau de bacharel em direito.

 

Vivendo na mesma casa que o seu irmão Francisco, no meio universitário convive com os irmãos Silva Passos (José e Manuel), Luz Soriano, Almeida Garrett e muitos outros que serão figuras de proa do Regime Liberal que em breve nascerá.
Devido às suas ideias liberais, provavelmente já embriagadas pelo pai, alista-se no Batalhão de Voluntários Académicos, até à sua dissolução, em maio de 1834.
O fracasso da Revolução Liberal no Porto obrigou-o a emigrar para Plymouth, Inglaterra, com os seus irmãos Manuel, José e Francisco, embora também vivessem em Dublin e Falmouth.
Em certa altura, os quatro irmãos e outros emigrantes políticos viveram no nº 7 de Cottage Row, Stonhouse, numa espécie de república.
Tudo indica que Joaquim Vellozo da Cruz, ao contrário dos seus irmãos, permaneceu em Inglaterra, de onde partiu para a ilha Terceira, acompanhando as tropas leais a D. Pedro IV. E é por isso que o vemos mais tarde a fazer parte dos 7500 bravos do Mindelo.

 

Manuel Rodrigues dos Santos na sua Descripção Topographica de Villa Nova de Gaya..., nas páginas 211 a 214, refere-se ao nosso biografado da seguinte forma:

 

O Exmo. Sr. Dr. Joaquim Vellozo da Cruz merece a mesma distincção, quer por todas as circumstancias do seu tratamento, quer pelos importantes e muito honrosos cargos e commissões de serviço publico que tem exercido. Depois que este ilustre Villa-Novense se formou em Direito na Universidade de Coimbra, fez logo a sua profissão de fé na Política, aceitando os compromissos de um puro Progressista; razão pela qual teve de emigrar juntamente com os seus Irmãos, depois de fracassado o movimento constitucional de 16 de maio de 1828.


E mais adiante:
 

Acabado de regressar da emigração, aquele Cavalheiro alistou-se no 2º Batalhão Provisório da Cidade do Porto, e aí serviu como Capitão durante o cerco. Estreou-se então na vida pública, aceitando a eleição de 1º Juiz de Paz da freguesia de Santa Marinha desta Vila pelo voto unânime dos seus concidadãos, cargo que exerceu durante poucos meses, pois logo passou a exercer as funções de Vereador da Câmara Municipal da dita Cidade antes da independência deste Concelho. Foi depois eleito Deputado às primeiras Cortes, que se reuniram após a pacificação do Reino, continuando a merecer dos Povos a honra das suas procurações noutras legislaturas.

A Revolução de setembro de 1836 levou ao poder a fação liberal mais progressista, com ideias muito bem definidas sobre o sistema administrativo de que o país carecia. Após a queda do Governo, a 9 de setembro, assumiu a presidência do Ministério Sá da Bandeira, onde começou a pontificar Passos Manuel, com o Ministério do Reino.

Com o Decreto de 11 de setembro de Manuel da Silva Passos e a publicação do primeiro Código Administrativo em 31 de dezembro de 1836, o sistema administrativo do Reino foi profundamente alterado, embora ao nível da administração distrital apenas se tenha verificado uma vaga mudança de nomenclatura. e intérpretes da política do Governo.
No âmbito das alterações introduzidas, foi criado o cargo de Administrador Geral, cujas funções eram em parte exercidas pelos anteriores Presidentes de Câmara e Governadores Civis.


Passos Manuel, apelando naturalmente às relações de amizade e confiança solidificadas nos momentos difíceis da emigração, chamou Joaquim Vellozo da Cruz para ser o primeiro Administrador Geral do Distrito do Porto, cargo que exerceu em dois momentos, de 11 de setembro de 1836 a 11 de maio de 1837 e entre 25 de agosto de 1837 e 1 de dezembro de 1838.


No desempenho das suas funções de Administrador Geral, tomou algumas medidas significativas, nomeadamente, deu ordens para a presença de uma guarda municipal em todos os espectáculos, abriu concurso para as obras da barra e do porto da Figueira da Foz, para a obra de navegabilidade do rio Cávado de Esposende a Barcelos, construção de uma estrada conveniente de Avintes a Vila Nova de Gaia, uma ponte de madeira sobre a ribeira de Labruge na Maia, substituindo outra que se encontrava arruinada, reconstrução da estrada do Porto à Póvoa, por Vila do Conde, melhoramento do bar de Vila do Conde, trabalhos de reparação por carpinteiro, estucador e pintor do edifício da Academia Politécnica, demolição do extinto Convento de Santo Elói, do seu barracão, do tanque e de parte da igreja fora do alinhamento e emitiu normas para a hasta pública do rendimento de cada uma das propriedades nacionais situadas nos Municípios, pelo período de um ano, com início no dia de S. Miguel.

 

Emitiu, por edital, normas para os recursos dos corpos administrativos e para a elaboração de inventários.
Deu também instruções, no mesmo sentido, sobre o comportamento exigido aos funcionários públicos.
Relativamente ao período em que o Conselheiro Joaquim Vellozo da Cruz exerceu funções de governo civil, existem no Arquivo Distrital do Porto os Avisos Publicados pela Administração Geral do Distrito do Porto desde 1 de janeiro de 1838, dos quais se depreende o seguinte:

Prestação de juramento à Constituição Política da Monarquia.

Cobrança da receita das taxas de trânsito cobradas na Ponte de Barras, no rio Douro.

Cobrança da receita do Imposto Real-d'Água.

Construção de uma nova embarcação para servir de Pé da Ponte sobre o Rio Douro

Obrigação dos Comandantes, Oficiais e Cavaleiros das Ordens deste Reino de acompanharem a Solene Procissão do Corpo de Deus.

Sorteio dos indivíduos seleccionados para o Recrutamento do Exército.

Inspeção dos Registos de Equipamento dos Navios Mercantes Portugueses.

Comércio de peixe salgado nos portos da Grécia e Itália.

 

Como dissemos, Joaquim Vellozo da Cruz foi também Presidente da Junta Geral do Distrito do Porto, cargo que desempenhou com competência. As Juntas Gerais de Distrito foram criadas pelo Decreto de 18 de julho de 1835, a quem competia auxiliar os Governadores Civis, na sequência da apresentação nas Cortes de 1834 de um projeto da autoria da oposição parlamentar liderada por Passos Manuel. Na qualidade de Presidente da Junta Geral do Distrito do Porto, assinou as consultas da Junta dirigidas à Rainha D. Maria II, relativas aos anos de 1853, 1854, 1855, 1857 e 1859.

Dadas as suas qualidades, foi rapidamente catapultado do plano político local para o nacional. Eleito deputado para a legislatura de 1834-1836 pelas províncias do Douro, foi novamente eleito pelos círculos eleitorais de Braga e Viana (1837-1838), da Feira (1861-1864) e pelo círculo uninominal de Vila Nova de Gaia (1861-1864),
Na Câmara dos Deputados, pertenceu às Comissões de Comércio e Artes, Administração Pública, Finanças e Marinha em 1838
Foi Secretário da Câmara dos Deputados em 1837.

 

As suas intervenções parlamentares centraram-se sempre em questões regulamentares e foram proferidas na sua qualidade de Secretário
Após a Revolução de setembro de 1836, as facções que até então pareciam um só homem começaram a dividir-se, o que trouxe novos obstáculos ao andamento dos assuntos públicos. O movimento de setembro encontrou oposição, e os seus funcionários começaram a ser substituídos, incluindo a Administração Geral do Distrito, que também foi confiada a outro indivíduo com o nome de Governador Civil.


Foi nomeado Juiz do 2º Tribunal da Câmara do Porto, em 20 de agosto de 1839.
Os Vila-Novenses e todo o povo do concelho de Gaia, que conheciam a fundo o mérito de Joaquim Vellozo da Cruz, elegeram-no de imediato Presidente da sua Câmara Municipal (1852-1853).
Desempenhou esta função de tal forma que foi sucessivamente eleito para as Câmaras seguintes: 1854 e 1855 (Presidente), 1858 e 1859 (Presidente) e 1860-1861 (Presidente).
Foi também Administrador Substituto do Concelho de Gaia e Juiz de Paz da freguesia de Santa Marinha de Vila Nova de Gaia.


Em consideração aos serviços públicos prestados pelo Doutor Joaquim Vellozo da Cruz à comunidade, nomeadamente a Vila Nova de Gaia, a respectiva Câmara, em reconhecimento público, deu a uma das suas artérias principais o nome de Conselheiro Vellozo da Cruz.
Sobre os seus méritos, Manuel Rodrigues dos Santos escreveu:

 

A Real Munificência não tem sido muito expressiva para com este digno Patriota quanto à importância dos seus relevantes serviços; mas está muito em harmonia com a sua modéstia, e desinteresse. As conde-coracoens, que elle possui, e que são o distinctivo do merecimento, representam nelle todos os bens da sua significação; porém uma Carta do Conselho, e uma Commenda de Christo, não são recompensa digna da grandeza dos seus sofrimentos, e dos seus serviços: bene merentibus proemia tribui oportet. Mas no amor dos seus Patrícios encontra a maior recompensa; porque elles lhe prestam todo o respeito que merece pelas grandes cousas que este distincto Villa-Novense tem feito à sua Pátria.

 

Membro da Sociedade Agrícola do Porto, fez parte da Comissão de Estatística Agrícola, como Vice-Presidente da Comissão da Exposição.
Agrícola.


Foi benemérito do Seminário de Meninos Desamparados

 

****


O prestígio social alcançado pelo Conselheiro Vellozo da Cruz e pela família Vellozo da Cruz é bem demonstrado pela seguinte notícia publicada na imprensa da época:

 

"NOTÍCIAS
S.M.: e relatório da estadia de AA. nesta cidade.
Dia 23.
Já era noite quando S.M. se retirou para o Palácio.
Tiveram a honra de ser convidados para jantar com S. M. e AA.., além dos ministros e pessoas do serviço de El-Rei, a Baronesa de Nevogilde e seus filhos, o governador civil do Porto, o tenente-general, Barão de Várzea do Douro, os conselheiros Assis, Velloso da Cruz, João Batista Ribeiro e Anthero Albano, o coronel do Regimento 18, os deputados Faria Guimarães e Affonso Botelho e os srs. Álvaro Ferreira Girão, António Bernardo Ferreira, médico José Fructuoso Ayres de Gouvêa, José de Parada e Silva Leitão e vários oficiais da guarnição..."

 

"NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA
Baile no Club - Não é preciso repetir o luxo e ostentação que ontem se viu nas salas do Club, como é fácil avaliar pela descrição que ontem fizemos.
Suas Majestades e Altezas ali entraram por volta das 22h30, sendo recebidas pela Direção e por vários cavalheiros.
Depois de subirem, descansaram algum tempo, após o que começou o baile. [...]
Na quarta quadrilha, o rei dançou com sua dama. D. Adelaide Villar; tendo a rainha vis-a-vis com o sr: Carlos Goubien; o snr: Dom Augusto dançou com uma das suras. Velloso, e teve o sr. governador civil de Braga, com d. Joaquina Velloso.
[...]"

 

Do casamento entre Joaquim Vellozo da Cruz e D. Ermelinda Henriqueta nasceram os seguintes filhos:


Joaquim Vellozo da Cruz que nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 3 de agosto de 1839 e faleceu solteiro na freguesia de São João da Foz do Douro, Porto, a 9 de outubro de 1866.

D. Ermelinda Vellozo da Cruz que nasceu a 13 de maio de 1840 e faleceu a 25 de julho de 1928, casada com Adriano Pereira Lcitão de Carvalho, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real (Alvará de 6.5. 1862), bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, senhor da Casa de Santa Cruz, em Lamego, representante da Casa Grande, em Poiares, senhor da Casa e Ouinta do Paiço, na freguesia de Alvarelhos, Santo Tirso, e da Casa dos Maias, na Foz do Douro, Porto .
Deste casal provém o Sampayo Pimentel Pereira Leitão e os seus ramos
(Azevedo Graça, Abreu Viegas e Tenreiro da Silva) e Costa Lima.


António Vellozo da Cruz, nasceu em Vila Nova de Gaia a 7 de outubro de 1841 e faleceu na Casa da Caneira a 4 de abril de 1906. Casou na Igreja de São Nicolau, no Porto, em 16 de novembro de 1868, com D. Teresa de Jesus Gomes de Oliveira, filha de Francisco Gomes de Oliveira e de sua mulher D. Andresa Cândida Pereira da Silva Lopo, 1ª Viscondessa de Moser, pelo segundo casamento. Foi Deputado da Nação, pelo Porto, Procurador da Junta Geral do Distrito do Porto, Presidente da Associação Comercial do Porto, Membro da Comissão Antifiloxérica da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Moço-Fidalgo da Casa Real (Alvará de 3. 2.1866), do Conselho de Sua Majestade (Alvará de 25.6.1900), Comendador da Ordem Militar de Cristo (Alvará de 8.11.1884), senhor da Casa e Quinta da Fonte Santa, em Vila Nova de Gaia, e da Casa e Quinta da Caneira, na Murtosa, Estarreja. Deste casal descendem os Vellozo da Cruz Van Zeller.


Dona Sofia Vellozo da Cruz, nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 9 de novembro de 1842 e faleceu na freguesia de Cedofeita, Porto, a 1 de dezembro de 1918. Casou com Teodoro de Figueiredo Malheiro, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, filho de Manuel Antônio Malheiro, Cavaleiro da Ordem de Cristo e de Nossa Senhora de Vila Viçosa, e de sua mulher D. Maria Isabel Figueiredo (irmã do 1º Visconde de Figueiredo). S.g.
Dona Maria Vellozo da Cruz, nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 18 de março de 1844, e faleceu solteira a 19 de março de 1891.


D. Maria Joaquina Vellozo da Cruz, nasceu na freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 27 de maio de 1850, e faleceu a 13 de maio de 1922, no Porto. Casou com Germano Pedrosa de Figueiredo, sobrinho do Visconde de Figueiredo. Este casal teve dois filhos, Álvaro Vellozo de Figueiredo, representante do título de Visconde de Figueiredo, e Dona Maria Helena Vellozo de Figueiredo, que não teve descendência


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Como dissemos, o Conselheiro Joaquim Vellozo da Cruz faleceu a 10 de fevereiro de 1887.
O jornal O Primeiro de janeiro noticiou o seu falecimento da seguinte forma:

 

Tendo falecido ontem o Sr. Conselheiro Joaquim Velloso da Cruz e devendo fazer hoje o seu enterro nas Avé Marias da igreja dos Congregados, os abaixo assinados, filho, genro e irmão do falecido, pedem aos seus amigos o favor de assistirem a esse ato religioso.
Porto, 1 de fevereiro de 1887.
Pedem desculpa pelos cumprimentos.
António Velloso da Cruz.
Adriano Pereira Leitão.
José Velloso da Cruz.

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